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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pra sobreviver ao outono!

Existe um expressão famosa em sueco que diz: "Det finns inte dåligt väder, bara dåliga kläder", que significa: "Não existe tem ruim, só roupas ruins". Se isso é mesmo verdade, bom, vai de cada um. De vez em quando aparecem tempestades terríveis em que roupa nenhuma dá conta!

De vez em quando recebo perguntas sobre como é o outono, clima e etc. Pessoalmente, eu adoro o outono. Acho gostoso o clima mais frio, as folhas mudando de cor e caindo, os dias de chuva... A temperatura varia muito mesmo. No outono tudo é possível, 15 graus com sol ou 3 graus e muita chuva e vento. Algumas noites chegando à 0.


Eu não sei bem como funciona, mas durante o outono é muito comum o tempo mudar drasticamente e uma tempestade  se formar pelo encontro de pressões diferentes no ar e coisas assim. Em Gotemburgo já é bem conhecido que o outono é época de muito vento e chuva.

Pra poder aproveitar a cidade mesmo assim, sendo à passeio ou mesmo porque você precisa sair de casa pro trabalho, faculdade ou escola, é preciso certas precauções. Afinal, você não quer ficar ensopada e morrendo de frio, certo?

Indispensável para um gotemburguense:

* Capa de chuva: O modelo, cor e etc depende do gosto de cada um, mas o importante é que seja realmente à prova d'agua, de preferência que proteja bem do vento, comprida pra cobrir boa parte do corpo e com forro por dentro pra te manter aquecida(o).


 * Guarda-chuva: Eu raramente saio de casa sem meu guarda-chuva na bolsa! Indispensável.

 * Bota de galocha: Acho que quase todo gotemburguense tem pelo menos uma bota de chuva de borracha. O ideal são as de cano alto, no caso de você pisar numa poça d'agua... Além do mais, são fáceis de limpar. É bom comprar um pouco grande pra que você possa usar com uma meia grossa por baixo caso esteja bem frio.




 Sem desculpas pra não poder sair de casa!!! Vou indo me arrumar que jájá estou indo viajar! Volto em breve!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Só na Suécia...

Já perceberam que está virando comum eu escrever posts chamados "só na Suécia..."? Acho particularmente que descreve bem a minha intenção, porque "vira-e-mexe" eu me deparo com situações bizarras em que eu penso: "Só podia ser na Suécia mesmo pra isso acontecer..."


Uma delas recentemente foi uma reportagem que na verdade li no globo.com em que um alce invadiu um asilo de idosos em Alingsås, cidade que fica aproximadamente 30 minutos de trem de Gotemburgo. O alce quebrou um vidro e entrou na casa, perdido e/ou perturbado! Ele foi trancado num dos quartos e depois de um veterinário examiná-lo ele foi solto de volta à natureza. Os velhinhos foram levados para um outro local e ninguém se feriu, afinal alces são geralmente animais inofencivos. 



Nessa horas eu fico pensando que realmente a polícia sueca tem muito pouco o que fazer...hehehe.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

48 horas em Estocolmo

 Algumas semanas atrás recebi um email em que fui convidada à participar de um congresso em Estocolmo, de uma organização não-lucrativa de estudantes da área de ciências, chamados em sueco de Naturvetarna.

À princípio eu mal sabia como a organização funcionava, mas achei que seria uma boa conhecer melhor e aceitar essa super oportunidade! E de fato, não me decepcionei. Fui pra Estocolmo no dia anterior, já que o congresso começaria de manhã e a viagem de trem bala leva 3 horas. Por sorte, uma das minhas amigas da faculdade é de Estocolmo e fazia parte dos organizadores do congresso, então eu pude dormir a primeira noite no apartamento da família dela.



No dia seguinte fomos juntas para o congresso, que foi em Gamla Stan, o bairro antigo de Estocolmo... Sem dúvidas um dos lugares mais lindos da Suécia. Por sorte tudo foi organizado para acontecer no mesmo bairro, mais precisamente poucos metros de distância, tanto o local do congresso, os restaurante onde almoçamos sábado e domingo e jantamos no sábado á noite e o hotel em que ficamos uma noite.

Gamla Stan é um lugar muito especial, com ruas super estreitas com paralelepípedos. Os turistas estão pra todos lados, o ano inteiro.



Eu mal podia acreditar na minha sorte, ficamos hospedados com tudo pago em um hotel super charmoso, chamado "Rica hotel - Gamla Stan", com um estilo antigo, sem muita ostentação mas de ótima qualidade.


Minha amiga Emelie, que estuda nutrição na mesma classe que eu:



Sabe, às vezes eu esqueço o quanto Estocolmo é linda! No domingo tivemos 3 horas livres entre o fim do congresso e a partida do nosso trem de volta para Gotemburgo. Aproveitamos para passar esse tempo caminhando pela cidade e aproveitando o dia lindo que estava fazendo.



Estocolmo é um arquipélago, ou seja, formada por ilhas. Uma delas é Skeppsholm, que fica bem próxima ao centro, e onde fomos durante a nossa caminhada. Na ilha ficam alguns museus mas só a ilha em si já tem muito pra se ver e conhecer.



E as cores do outono só deixaram a vista ainda mais bela...


No meio disso tudo eu só tive um problema: um trabalho da faculdade em que eu tenho que escrever durante sete dias TUDO que eu comer e beber, o horário e o tamanho/peso. Nessa eu tive que sempre explicar porque eu sempre anotava o que eu comia e tirava fotos com celular, senão com certeza eu parecia bem neurótica! Mas isso não me impediu de alguns "pecados" como esse sorvete maravilhooooso italiano comprado na Galerian de Estocolmo...


Falando em Itália, quinta-feira vou viajar para Milão com algumas amigas brasileiras! Estou super animada com a viagem! Em breve coloco fotos no blog :)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Gullbergskajen - O cais dos sonhadores...





Num dos nossos passeios conheci um novo roteiro em Gotemburgo: Gullbergskajen.  Também conhecido como o cais dos sonhadores.

Por que? Bom, é claro que é um cais, um lugar onde as pessoas podem deixar seus barcos "estacionados", e também tem um aluguel bem barato, ou seja, ali não tem nenhum "barcão". Na realidade, o local é um tanto decadente, pois a maioria dos barcos estão caindo aos pedaços... e por isso também que se chama cais dos sonhadores, porque os donos sonham um dia consertar seus barcos e poderem voltar a navegá-los... mas a maioria está tão estragado que o conserto sairia mais caro que comprar um novo, o que faz essa idéia uma utopia que nunca será realmente realizada.



Mas o caminho ao longo do cais é bem bonito e de certa forma poético, afinal a decadência também tem sua beleza. Ou talvez seja apenas um conjunto bem harmônico de barcos que um dia velejaram pelos mares escandinavos...Não sei. O lugar fica próximo ao centro e vale a visita.


Håkan Hellström escreveu uma música sobre o lugar...



 Ps.: Peço desculpas pelos constantes erros de português, eu juro que tento ao máximo evitá-los! Mas quanto mais sueco eu falo, mais esqueço minha língua nativa. Um bom motivo pra eu ter um blog e praticar, certo?


domingo, 9 de outubro de 2011

Um pedaço da Thailândia em Gotemburgo...

Sabe, eu falo muito sobre comida aqui no blog, né? Mas como vegetariana e estudante de nutrição acho que é meio óbvio que realmente comida é um grande interesse que eu tenho! Senão seria bem complicado...


 Esse fim de semana fui com o Eric conhecer um restaurante no centro de Gotemburgo que tinhamos visto um tempo atrás e esquecemos de visitar. Resolvemos assim meio por acaso ir no tal restaurante thailândes, do lado de fora parece com qualquer outro restaurante, num prédio antigo sueco, nada de mais. Se chama: Moon Thai Kitchen.

Mas quando a gente entrou, logo viu que aquele lugar era bem especial...




A primeira impressão com certeza é a decoração. Provavelmente o lugar mais exagerado que eu já vi, parece que a Thailândia "cuspiu" no restaurante. São tantas cores, flores, luzes, pinduricalhos... Cada coisa em si é mais brega que a outra, não tem como negar. Mas a mistura é tão exagerada, é tudo tão "tão", que vira uma coisa muito especial. Ou seja, a breguisse vira na realidade, bom gosto!

O lugar é meio apertado já que tem tanta coisa pra todo lado, tanta mesa e tanta gente. O melhor é reservar uma mesa com antecedência se você for de noite num fim de semana. Mas por sorte, como éramos só dois conseguimos uma mesa pequena e aconchegante depois de uns 5-10 minutos de espera.

A mesa ficava num canto próximo ao bar, como aparece na foto abaixo, mas era coberta de três lados, de forma que ficava parecendo uma cabana com uma vista para o resto do restaurante.



O movimento do local é intenso, não consigo nem imaginar como deve ser trabalhar ali. Os funcionários usam roupas típicas e foram extremamente simpáticos, um ótimo atendimento.

Para nós vegetarianos, podíamos escolher qualquer prato do cardápio e pedir que o fizessem sem a carne, e no nosso caso pedimos também que adicionassem tofu. A porção é bem generosa! Mas a comida estava tão deliciosa que não tinha como não comer tudo.


Pedimos também uma sobremesa com 3 tipos diferentes de sorbet tropicais, que vem decorado com frutas exóticas, ainda bem que íamos dividir, porque era muita sobremesa pra uma pessoa só.

Os preços são mais ou menos o mesmo da maioria dos restaurantes do centro da cidade fora do horário de almoço. Um prato custa entre 100 - 150 coroas suecas (25 - 35 reais), a maioria das cervejas custam mais ou menos 50 coroas (12 reais, praticamente o mesmo preço de qualquer lugar em Gotemburgo). A sobremesa era mais "salgada", comparando com a comida, em torno de 90 coroas, 21 reais.

Já no almoço um prato custa - se não estou enganada - 75 coroas, 18 reais.

 

Mas toda essa experiência valeu cada centavo, ou melhor, öre sueco. Tanto eu quanto o Eric sentimos como se tivessemos visitado um outro país, completamente diferente de qualquer outro lugar sueco. Eu definitivamente recomendo!

Pra quem quiser visitar estando em Gotemburgo, o endereço é Storgatan 1, Vasastan. Tem também um segundo restaurante, que fica no bairro Masthugget, na rua Repslagaregatan 7.